O SIMPLES QUE NÃO É FÁCIL
Quando comento tento mexer com o brio do segmento social para interagir na condução de projetos que podem melhorar a qualidade de vida dos moradores. A maioria, com menos condições para alcançar o consumo de produtos de boa qualidade ou de ponta, mas inacessível para a grande maioria da população de baixa renda. O efeito no entanto se apresenta como um castigo porque sabe que existe. Por que vê, escuta na TV, no rádio, nas casas de redes interativas , mas não pode usufruir as bonanças de uma banda larga, um TV de alta resolução, uma boa casa, um bom bairro, uma boa escola, um bom posto de saúde, uma linda praça com jardim para a criançada brincar etc. Quem sabe poderá melhorar se realmente conseguirmos por em prática a sugestão que segue e que apenas é o começo:
A socialização dos conceitos concernentes ao uso comum, o sítio da cidade ou região onde vivemos.
A limpeza nas avenidas, ruas, paradas de ônibus antes que o dia clareia, igualzinho como fazem com as estações de metrô. -- Mais que isso, -- as praças e jardins poderiam ser cultivados sob supervisão de botânicos, paisagistas técnicos municipais em comum acordo com as equipes de obras, manutenção da rede de saneamento, manutenção e pintura das placas e faixas de sinalização enfim o trabalho em sintonia entre as secretarias municipais.
O trabalho tem que ser permanente, com projetos contínuos com a adoção de métodos para conservar, sempre no sentido de melhorar, a funcionalidade e o visual. O retorno será gratificante.
O Planejamento de passeios, ciclovias, rampas de acesso, sinalização bem visivel com destaque, uso de placas que informam em vários idiomas para que os vistantes estrangeiros possam se virar com mais facilidade; A atualização é bem vista, assim como a limpeza com água e sabão, pintura ou substituição no último dos casos.
Outra coisa que é muito importante, a adoção de caixas para colecionar o lixo já classificado que vem de casa já separado em sacos, como: O lixo orgânico, lixo seco, papel, vidro, garrafas pet, pilhas e etc; políticas de reciclagem em parceria com empresas que tenham interesse no reaproveitamento . --- O mais importante de tudo isso é a conscientização com provas de que isso realmente é bom para todos. --- Se for conduzido com a seriedade que merece ser tratado, com certeza a população responde com toda plenitude e boa vontade. Agora, é preciso que se dê o mínimo de condições para viabilização. A começar pelos sacos de lixo, devem ser resistentes com tamanho adequado, identificação, especificação clara, letras e gravuras que dão a idéia de utilização, classificação com cores, são dicas que ajudam na hora de levar o lixo para as caixas coletoras do prédio, da rua e etc. A implementação deve ser gradativa e envolvente. O compromisso de toda cadeia produtiva e de consumo. Venda dos sacos de lixo em qualquer mercado. Substituição dos sacos plásticos por sacos de papel disponíveis para levar as compras da loja para as casa e etc.
Uma das coisas baratas em termos de conservação é a manutenção preventiva e a limpeza. Água e sabão na mão de pessoa com boa vontade faz a diferença. Nada melhor do que a valorização do professional de serviços gerais, o reconhecimento, salário digno, apoio, colaboração e o respeito ao trabalho, ajudará significativamente na motivação para assegurar o compromisso de todos a manter uma cidade limpa. O que nós fizemos em casa todos os dias? - Não é varrer e passar um pano seco ou úmido para que o ambiente seja agradável? - E porque não fazer de nossa cidade um ambiente agradável de viver? - Será que não faz parte da qualidade de vida que todos desejamos?
Além de estar limpa o custo de manutenção é bem menor dispensando as grandes estruturas que demandam altas quantias para fazer o mesmo serviço que uma equipe permanente do local faz com um décimo do gasto de uma empresa terceirizada que, aliás, trabalha para aumentar em vez de diminuir o serviço de olho na próxima licitação..
A cidade fica um brinco, o resultado! O prazer de estar dentro dela. Será que é tão dificil começar? - Que tal um serviço participativo, será que convenceria?
- Poderíamos quem sabe, ter esperança de impostos menores aos que estamos pagando, mas é preciso estar de olho nos feitores que sabem criar novas formas para dissimular e manter a grade travando o que pode benefíciar.
Quando eu era menino de dez anos por aí, morava lá no interior e escutava os mais velhos dizerem: - "O prefeito que arruma as estradas ganha eleição" - era a pura verdade. Tinha só uma máquina nem que tivesse que trabalhar dia e noite, em turno, para atender todas as vilas do interior do município aplainando kms e kms de estradas que as chuvas danificavam, um serviço continuado, permanente, o tempo todo. E pronto! - O prefeito era reeleito. - Não precisou rios de dinheiro comprometendo os parcos recursos, empenhando-os em troca de apoio de empresários para depois ter que repartir o orçamento entre prestadores de serviço de empresas dos aliados ou filiados. Por quê não fazer hoje em grau de qualidade mais elevado com boa vontade com uma estrutura do próprio município? Garanto que vai sobrar mão de obra para trabalhar, mas é bom que dê ferramenta boa. Inclusive, sendo mais otimista, é um meio de formar mão de obra com custo autosustentável. As empresas que cuidem de seus negócios tendo como clientes a sociedade como um todo e não a exclusividade de governos. Não pode ter mistura entre público e privado com interesses do segundo em prejuizo do primeiro e pode-se dizer de todos.
Para implementar a organização do trabalho basta dar autonomia às equipes de no máximo dez e mínimo duas pessoas assumindo, e não bandos de cortadores de capim e um capo com o relho na mão, determinada área para realizar as tarefas previamente definidas de maneira continuada sem perder a interatividade com a equipe do lado. A apresentação diária, no fim da jornada, do relatório mais o plano de metas para o dia seguinte, Esses dados podem ser informados à central através de um ponto eletrônico cadastrado, não havendo a necessidade de se deslocar até a oficina central.
Mais ainda: - A provisão do material necessário e informações sobre necessidade de outras equipes para reparos mais específicos , tais como: Impermeabilização do asfalto que apresenta infiltrações, passeios, acostamentos, faixas de pedestre que estão desbotadas e necessitam pintura, sinais de advertência pintados sobre a via ilegíveis, lavagem ou pintura com equipe específica, até focos de dengue podem ser debelados, por que a limpeza não deixará possas de água paradas por muito tempo, e o mosquito não se criará.
Quem levanta estes dados? – A equipe permanente que está diariamente no local, e em tempo real informa com precisão para que se faça o conserto, antes que o buraco apareça no asfalto ou já exista , ainda que seja pequeno. Para isso não é necessário uma equipe de peritos de transito para avaliar, basta um pintor que não seja analfabeto e conheça o ofício, auxiliar e motorista com a viatura apropriadamente equipada.
O que acabo de dizer muitas vezes existe mas na maioria das vezes não funciona adequadamente, por mera imcompetencia na distribuição das tarefas. Também já se escreveu muito mostrando as falhas que na maioria das vezes são ignorados pelos administradores. O motivo, creio que estamos fartos de saber. Por isso eu insisto e escrevo, se pelo menos um concordar com a minha ideia, considero um avanço, é mais um na cobrança para que as autoridades tomem a frente e liderem a implementação e saibam se livrar das parasitas corporativas. Saibam também universalizar as iniciativas do bem comum. Não será facil mas será o único caminho que levará à uma bela cidade funcional, com ar puro, céu mais azul, ruas limpas, onde seus habitantes poderão viver dignamente e orgulhar-se.
Escreveu: Jose Petter Goldschmidt
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