quinta-feira, 11 de agosto de 2011

TRÂNSITO

TRÂNSITO

Aumentar a Sinalização Diminui Acidentes

As rodovias e vias urbanas brasileiras tem um padrão de circulação entre veículos leves, de carga, transporte público, táxis, ciclomotores, ciclistas e pedestres. A conduta de um padrão ideal ainda não temos. Podemos chegar lá o dia em que formos capazes de olhar a realidade tal qual ela é nas pistas e aí sim fazer as correções acertadas. Parar com a falsa de que tudo de ruim que acontece nas pistas é culpa dos motoristas. Fala-se muito pouco nos riscos naturais ou introduzidos pela falta de manutenção de toda a ordem e de projetos mal concebidos. A não ser os intrumentos para multar os veículos sem saber se quer quem está conduzindo. Mais uma aberração, pois o certo seria parar o veículo para averiguação. Coisa que o pardal não faz.
A gestão do transporte, deve adequar-se a realidade, padronizar e idealizar medidas de aperfeiçoamento do sistema viário ao padrão internacional. Deixar para trás o dúbio que existe em nosso sistema que não define metas prioritárias a não ser o loteamento do orçamento. Enquanto isso, a mobilidade das vias está atravancando-se cada vez mais.
Investir na prevenção e no estudo permanente de método que viabilize aos poucos uma matriz ideal para o transporte rodoviário no Brasil. Transferir parte da logística (transporte de carga) para ferrovias e hidrovias, bem como a integração no transporte de passageiros.
Em países e cidades europeias andar na mesma via, ainda que estreita, inclusíve bicicletas, VLT (veículo leve sobre trilhos) sem correr risco de vida é normal. Basta dar a preferência. Como é que no Brasil é tão perigoso andar? - O que considero também, é caminhões carregados acima de 3,5 ton com a velocidade acima ou igual ao carro de passeio. Ultrapassar, sem observar a permanência na faixa lenta. A falta de placas de proibição ( 3,5 ton proibido ultrapassar) . Esta placa existe no sistema viário brasileiro? - Pode ser, ainda não vi -. É mais seguro classificar a velocidade em função do peso.
No Brasil se leva em conta a velocidade genérica. Veículo carregado jamais poderia passar dos 80 km/h. Não é com câmaras aferidoras de velocidade e policiais escondidos atrás de moitas multando, que os acidentes de trânsito vão diminuir. É humilhante para o cidadão ver a autoridade escondida, quando tem poder de polícia para agir ostensivamente. A estrutura está se agigantando de olho no bolso. Sem que o proprietário do veículo ao menos saiba o local onde e em que circunstancias a notificação ocorreu. Só tomará ciência do fato quando o correio faz a entrega na residência entre 20 a 30 dias após a data da ocorrência. Diminuindo ainda mais a chance da justificação, dada o fim do limite de 30 dias, estabelecido para defender-se. Para ter esse direito terá que quitar a multa primeiro. Conta também a dificuldade para montar a defesa a causa do conhecimento tardio da notificação, sendo que tudo aconteceu às escondidas sob o manto do poder. Talvez por isso a JARI, órgão do Denatran que julga os recursos de multas, dificilmente considera fundamentado os argumentos que o requerente pleiteia. Pode ser que estou exagerando, mas era assim, salvo mudanças recentes.
A autoridade policial camufla para flagrar excesso de velocidade, colocando viatura e instrumentos em depressões, atrás de placas, arbustos, na beira da pista com o entuito de não ser vista. Tal procedimento de parte de uma autoridade é no mínimo uma clara mostra da incapacidade de lidar com o problema da segurança no trânsito. Entendo que autoridade não é para esconder-se, tem que estar em lugar bem visível dando sinal de que está atento ao cumprimento das normas legais constante na sinalização, por certo bem destacada na via. Deve instruir, orientar alertar e ajudar pessoas em dificuldade na estrada. A ação presença é muito mais positiva do que a multa eletrônica em si. Tem efeito imediato na redução da velocidade.
O uso de placas eletrônicas, acionado por sensores de velocidade muito usado nas autopistas da Europa, tanto para aumentar e ou diminuir a velocidade na via em lugares de risco, traz ao motorista uma sensação de segurança no volante. O monitoramento de vias é importante até para inibir a ação de quadrilhas que assaltam passageiros e cargas nas autovias. É forte admitir que pouco se faça para diminuir os acidentes que tira a vida de tanta gente. Causa tristeza e ao mesmo tempo vergonha de tanta incompetência. Multar simplesmente não evita o perigo em lugares criticos. Por isso a presença de fiscalização tem que ser ostensiva com auxílio de dispositivos luminosos que alertam sobre risco adiante.
Convencer as montadoras que usem o bom senso abrindo mão de 1% do lucro em troca da segurança. Padronizando ítens de proteção mínima que diminua o risco de morte mobiliando os veículos automotores com freios seguros, reforço na carenagem e potência mínima de 1.300 mm3/cl acima de 90 CV para veículos com mais de 4 acentos. É bom mudar o enfoque e comparar o usuário brasileiro igual a um usuario europeu, norteamericano, asiático ou seja o que for, merecendo também um veículo mais seguro. É bem verdade que nossos diregentes tem sua parcela de culpa dando isenção fiscal para máquinas de menor potência.
Já é tempo que os aparatos eletrônicos de arrecadação, ou de multar, tiveram para mostrar a que vieram. Não vejo sua eficácia na proteção à vida em vias urbanas ou rodovias, da forma como estão sendo empregados, na maioria dos casos. Talvez a fiscalização esteja voltada para arrecadar com o subterfugio "evitar acidentes". Essa sensação, desmoraliza qualquer cidadão de bem e nada comparável existe em países da Europa ou America do sul países como: Argentina e Chile. - Será que nos somos diferentes?
O instrumento escondido e quebra mola mal sinalizado são, a meu ver, obstáculos perigosos. O condutor ao vê-lo tardiamente tenta manobrar por reflexo pondo em risco a estabilidade do veículo ou de outros que estão próximos. A sinalização deve ser enfática e repetitiva de eventuais perigos à frente, - reduzir a velocidade em: - em área urbana (sine qua non) "sem o qual não pode ser"; passagem de pedestre ( preferência acima de tudo e sempre do pedestre); curvas; escolas; trecho em obra; pessoas trabalhando; máquinas agrícolas trafegando (esta com lâmpada giroflex acesa); ciclista; animais e etc.
Antes de instalar instrumentos caríssimos de controle de velocidade, é fundamental uma revisão da sinalização na via, principalmente das faixas, setas indicativas pintados sobre o asfalto, desaceleração longa, na passagem de via ou retorno em acordo com a velocidade da via e placas de advertência com ênfase no motivo que ocasionou. Tenho observado que, em alguns casos, a sinalização nossa carece do imperativo, (convencer que é verdadeiro) por isso, preciso e objetiva.
Advertências de limite de velocidade bem legíveis e repetidas. Quanto mais placas for avistado mais a atenção aguça, condicionando o reflexo do condutor fazendo crer que realmente existe perigo a frente e será preciso diminuir a velocidade. Adiante 20, 30, 50 ou 100 metros, sim ter controle eletrônico de multa, devidamente sinalizado. Sinalização de início e término de área urbana (placa de aviso "término da área urbana"). Vejo isso, como mais uma dificuldade nas vias. A falta de marcação justa e bem visível de início e fim da velocidade e a retomada da velocidade seguinte. Essa marcação é importante para todos que passam pelo local, além de homogeinizar o fluxo. Dificultando inclusive a ultrapassagem do apressadinho.
Placa redonda, fundo azul, colocado entre 30 a 50 cm do chão com seta apontada para a entrada correta da tomada de faixa que deve ser seguida, nas bifurcações, nas esquinas, cruzamentos, muretas, cones, mudança obrigadória de faixa, fim de via dupla ou começo dessa etc. Na maioria das nossas vias essa placa não existe, pois ela é muito importante na orientação, evita entrar na contra-mão e muitos acidentes de leve a grave prejuizo poderíam ser evitados. São alguns exemplos entre tantos não mencionados.
Eis aí algumas observações que considero importante, se levar adiante poderão contribuir para tornar o nosso trânsito mais civilizado. Não sou especialista em trânsito mas conto com a vivência e muitos kms rodados ao volante por vias urbanas e autopistas em países sulamericanos e europeus. Com base nas observações acima mencionadas, há diferenças, principalmente na enfatização da sinalização e dos traçados, concluo que a sinalização é uma das grandes escolhidas para melhorar a segurança no trânsito. Sem informação é dificil conduzir um automotor com segurança. Há situações que placas precisam ser substituídas duas ou tres vezes em um só dia, em função da chuva ou outros fenômenos, tarefa que pode ser controlada por sensores eletrônicos bastando colocar placa digital no lugar do pardal, aproveitando a tecnologia já existente. Escreveu: Jose P Goldschmidt